na corda bamba na glória, em são cristóvão, no butantã, na santa ifigênia, na usp, no brás, no paiaiá.

No dia que o metrô parou São Paulo, na corda bamba homenageia um herói do sertão, quase padre, quase comerciante, quase agricultor, quase operário, quase aluno de chinês e por fim, historiador e vendedor de sonhos.

lá no interior, no mato foto: reynaldo zangrandi

Bendita sejas tu, esplêndida bandeira

Pela tua beleza heroica e varonil

Bandeira sempre augusta e sempre alvissareira

Bendita sejas tu, bandeira do Brasil

Por ter recitado corretamente estes versos da Oração à Bandeira de Olavo Bilac, o menino Geraldo Moreira Prado, aluno da professora Maria “Beição”, conseguiu se formar com nota máxima e ainda ser agraciado com o prêmio especial oferecido por Joaquim Quiabinha, o inspetor da escola: um cacho de banana ouro. Um ano antes, outra professora, que nem sonhava ainda em ser a mãe da cantora Ivete Sangalo, deu para o menino um exemplar do Homem que Calculava, de Malba Tahan. Agora, com o  primário concluído, era hora de ir pra Salvador, estudar no seminário e realizar o sonho da mãe e da tia: virar padre. Geraldo deixou o Paiaiá num caminhão que demorou o dia todo para percorrer os 100 quilômetros até Alagoinhas, onde ele viu a luz elétrica pela primeira vez e onde, junto com seu padrinho, subiu num trem e enfrentou na janelinha os 150 quilômetros que faltavam para chegar na Bahia de Todos os Santos, no começo do carnaval daquele ano da graça de 1954.

bar 7 portas foto: reynaldo zangrandi
o rádio e a santa foto: reynaldo zangrandi

O padrinho deixou o afilhado com uma amiga da família, uma senhora também católica, pero não tão praticante e o menino ganhou de Dona Tulica uma fantasia e de uma sobrinha dela, um frasco de lança-perfume. Geraldo caiu na farra e pela primeira vez na vida brincou de carnaval num cordão da rua Jogo do Carneiro, andou de bonde e nadou no mar. Também viu pela primeira vez na vida uma vitrine de livraria. Na quarta-feira de cinzas foi cumprir promessa pedida pela mãe e subiu de joelhos as escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bomfim. Mas não comprou o terço, também encomendado pela mãe. O dinheiro ele tinha deixado na livraria, onde comprou uma edição do Mestres dos Mestres, um manual epistolar, que ele achou que era religioso, mas era um guia com modelos para escrever cartas corretamente: de parabéns, de pesares, de pedido de namoro, noivado, casamento. Carta pra pedir emprego, pra pedir conselho, pedir favor, pra agradecer a graça alcançada e a vaga garantida. Também ensinava o lugar certo onde o remetente deveria colocar o nome maiusculoso pra evitar engano como cantou o Tom Zé no Correio da estação do Brás e depois da folia era hora do seminário, de ingressar nos capuchinhos, só que Geraldo depois da folia, do carnaval e das meninas do carnaval, quando se viu frente à frente com os padres e com as batinas e com o silêncio, num momento maiusculoso de transcendência e teimosia, lembrou de Jerônimo, não o santo, mas o herói do sertão e concluiu que era mais fácil levar uma surra da mãe do que virar padre. Levou duas. Uma por não entrar no seminário. Outra por não ter comprado o terço. Agora ele ia ser roceiro como o pai que já tinha morrido em 53, e o tio tentou em vão fazer dele um comerciante, porque a pinga da venda ele mesmo bebia com os amigos e outro tio disse que ele tinha que ir pra São Paulo. Trabalhar. E Geraldo cumpriu o script determinado para os migrantes do Nordeste: foi pra São Paulo de pau de arara e virou porteiro num prédio da Santa Ifigênia esquina com rua Aurora.

santa ifigenia década de 50, calma só na aparência fonte: pinterest

Tinha fama de preguiçoso, eu não gostava de trabalhar na roça. Mas o comércio não deu certo para mim, eu fali em três, quatro meses, era uma vendinha. O pessoal reclamava que eu ficava lá na venda deitado em uma rede lendo aqueles dois livros. Aqueles dois livros quase que eu decorei tudo. Ninguém falava em estudar, mas trabalhar em São Paulo, e todo mundo estava indo para trabalhar em São Paulo. Meus primos estavam indo, outro primo já trabalhava em empresa de ônibus, tinham outros que iam para lá trabalhar em construção civil. Construção civil nunca passou pela minha cabeça, porque aí eu me considero mesmo preguiçoso, não ia pegar naquele trabalho duro de jeito nenhum. Cobrador de ônibus também não me agradava muito, então sobrou o quê? Como meu cunhado Carlito era o zelador, arrumou um bico lá no prédio e eu fiquei como porteiro.

vendinha e pinguinha foto: reynaldo zangrandi

Sofri muito preconceito em São Paulo, naquela época, nos anos… 50, 60, o preconceito contra baiano ainda era mais forte do que hoje, a coisa do pau de arara. Quem colocou o nome de pau de arara foram os paulistas, quando chegavam aqueles caminhões… Depois…os baianos que iam para São Paulo, ou os nordestinos que iam para São Paulo, eram todos do meio rural, do campo, fugindo da seca, a procura de trabalho. Jovens que iam para lá trabalhar em serviço básico. Nem garçom de bar nós não tínhamos acesso… O trabalho era servente de pedreiro na construção civil, cobrador de ônibus, porteiro de prédio e faxineiro.

Entre a faxina e a portaria, Geraldo estudava através dos cursos por correspondência, tipo curso Madureza, do Instituto Universal Brasileiro, o campeão de anúncios nos gibis e nas fotonovelas e se você leu Tio Patinhas,Tex e Grande Hotel até os anos 70, sabe bem do que se trata. Frequentava o cine Dom Pedro onde viu Rômulo e Remo e o puteiro que tinha na rua José de Andrade no sugestivo número 69 e onde, mesmo escrevendo as cartas decoradas do Mestre dos Mestres, não conseguiu conquistar o amor de Maria Peixinho. No prédio da Santa, quase todos os estudantes eram simpatizantes do partidão e dos barbudos cubanos e todos frequentavam a Biblioteca Mário de Andrade. E foi assim que o menino que sabia a oração da bandeira do Bilac, que quase virou vendedor de pinga, roceiro, padre e porteiro, virou coisa muito pior: comunista! Você consegue pensar no risco de eu ter virado padre? Você consegue me imaginar eu, padre? Consegue Fabiano, me imaginar um padre velho?  Não consigo e graças à Deus, quem é ateu e vê milagres como eu, Geraldo não virou padre. Por precaução comprou uma gramática de latim, porque assim como nas rezas, nos salve rainhas e nas ladainhas que sabia de cor, ele sabia enrolar:

assegure o seu futuro
madureza é com o instituto universal

Um dia vi um anúncio de uma companhia que estava precisando de agente de seguro, eu sabia lá o que era agente de seguro? Aí eu fui, me apresentei pra gerente, uma paranaense bonitona, que me perguntou: O que você sabe fazer? Eu sei fazer faxina, sei datilografar e tenho o curso de ginásio, está aqui o certificado de ginásio, eu já trouxe tudo. Ela falou: Você conhece São Paulo? Conheço São Paulo como a palma da minha mão. Não conhecia porra nenhuma, não conhecia nada em São Paulo, conhecia ali Santa Ifigênia. Aí ela falou: Então vem amanhã. Eu virei office boy, tinha uniforme, tinha boné, tipo aquele quepe de cobrador. Chegava lá na empresa trocava de roupa, pegava a sacola, os endereços, dinheiro do bonde, e me mandava. Nunca me perdia. Conheci São Paulo nesses nove meses que eu trabalhei nessa companhia como entregador de apólices.

Mas pra ser comunista de verdade, Geraldo precisava ser também operário. Então ele foi ser auxiliar de almoxarife, depois supervisor de estoque e depois ferramenteiro numa fábrica de engrenagem de caminhões em Osasco. Mas um operário maré mansa:

greve na cobrasma em osasco, 1968 a classe operária vai ao paraiso

Eu era operário, mas não pegava aquelas peças pesadas não. Nunca serrei uma peça. Em 67 eu fui demitido da Braseixos. (Que nome!) Meu chefe pegou um livro que eu estava lendo, de um francês chamado Jean Lacroix, que era Marxismo e Cristianismo. E o meu chefe era um português Salazarista, ele pegou aquilo ali e me chamou a atenção, deu um esporro, logo depois ele me mandou embora, eu imagino que foi isso aí. Embora ele tenha alegado que eu tivesse faltado duas vezes, porque eu fui para reunião operária, do Sindicato.

usp x mackenzie

A mãe de Geraldo, não muito longe da razão para a época, achava que ser doutor, pra pobre roceiro, era coisa de besta. Mas Geraldo nunca foi besta . Se increveu pra única vaga disponível no curso de chinês da USP. Como foi o único candidato, passou. E depois pediu transferência para o curso de história. Formado, escreveu pra mãe, que respondeu dando os parabéns, mas se dizendo surpresa porque não sabia que pra contar história precisava ser formado. Na USP leu mais Reich e Marcuse do que Marx e Engels, participou das batalhas da Maria Antônia contra os direitistas maledetos dos infernos do Mackenzie, ganhou o apelido de Alagoinha, morava no CRUSP quando ele foi fechado e herdou uma japona do José Dirceu, que foi abandonada na correria.

alagoinha voltando na usp foto: reynaldo zangrandi

A gente tinha uma estratégia de sair com as bolsas, com as sacolas cheias com bolas de gude e cortiça, eu acho que o Brasil inteiro fazia isso. E aí a gente saia, eu ficava sempre perto do pessoal da Geologia, para me proteger, porque eu era mais magro, frágil, não enxergava bem e era medroso. Mas os molotovs eu fazia, eu era um artesão para fazer aquilo ali e a gente estocava lá no CRUSP.

Foi escalado pra ir pra Ibiúna antes do Congresso da UNE, que estava fechada e na ilegalidade. Foi pra ajudar a montar um galpão e um dia antes de começar, voltou pra São Paulo pra pegar uns documentos, um dia antes de todo mundo ser preso.  Acabou preso pela OBAN no ano seguinte, que o tirou da sala de aula, com metralhadora apontada e olhos vendados. Ficou dez dias hospedado na rua Tutóia e até hoje tem problemas de audição por conta dos “telefones” que levou da turma do Brilhante. 

ibiúna, foto tolha press

Formado, foi ser professor no interior, um dia encontrou Sergio Arouca, que o levou pra Fiocruz no Rio, e de lá foi pro CNPQ de Brasília e depois pro CNPQ de Recife. Conheceu a Tine, uma dinamarquesa e logo depois veio toda a família da Dinamarca pro Paiaiá e a festa de casamento deles foi no Grande Hotel Cipó, que foi inaugurado por Getúlio e que viveu dias de glória entre os anos 50 e 70. Com Tine, Alagoinha viveu dias de glória no Recife e no Rio, nas pirâmides do Egito e nos fiordes da Dinamarca.

hotel cipó foto: reynaldo zangrandi

Um belo dia, vendo que seus livros não cabiam mais no apartamento e sabendo que livros que não cabem em apartamento costumam criar sérios problemas conjugais, ele encaixotou tudo e mandou pro Paiaiá.

Falei com meu sobrinho Arivaldo se ele toparia fazer uma experiência de biblioteca comunitária. Ele disse que sim. Aí eu trouxe o primeiro caminhão, mandei para cá pelo Zé do Bode, que tinha um caminhão. E aluguei uma garagem de uma prima minha onde começamos a primeira biblioteca. Depois surgiu essa casa aqui para comprar, por dois mil reais, eu fechei o negócio e subi mais um andar. É o Paiaiá Empire State.

a biblioteca foto: reynaldo zangrandi
biblioteca de comunista tem que ter o che na porta foto: reynaldo zangrandi

A biblioteca Rural do Paiaiá fez de Geraldo Alagoinha uma personalidade. Centenas de matérias de jornal, de reportagens, de eventos. Dizem que é a maior biblioteca rural do mundo. Mas isto não importa. Ela tem quase 30 mil volumes, o que é muito mesmo. Virou referência na região e as escolas dos municípios vizinhos vão lá visitar. Em 2016 no ano do golpe, acho que no começo do golpe, dirigi alguns episódios de uma série chamada Brasil Migrante. A série tinha um formato obrigatório para a escolha de seus personagens: todos deveriam ter migrado, de qualquer lugar do Brasil para alguma grande capital, entre os anos 50 e 80, um período onde milhares de brasileiros deixaram suas cidades. A gente teria que viajar para a cidade de origem, com o personagem. Filmei com Geraldo no Rio e depois fomos pro Paiaiá e Salvador. Como São Paulo era muito importante, o Renato Barbieri, que produziu a série e dirigiu outros episódios também, concordou em liberar nosso desembarque na Santa Ifigênia, onde não conseguimos filmar no prédio onde ele morou. Foram dias intensos. Divertidos. Geraldo reencontrou amigos da USP, fomos no CRUSP, um estudante reconheceu ele enquanto filmávamos no gramado e o convidou pra tomar cachaça no alojamento. Bebemos juntos, e filmamos aqueles estudantes ouvindo as histórias que conheciam pelos livros, da boca de alguém que tinha sido parte dela. 

paiaiá cercadinho foto: reynaldo zangrandi

“Eu sempre trabalhei na área de Literatura…informação em literatura…história a partir da literatura, fazia estudos de história a partir do romance da literatura e aqui eu trabalhei com informação e memória…Da memória aplicada a prática, a minha memória é uma coisa prática, pragmática… …a memória afetiva, a memória das pessoas mesmo, o que uma pessoa pensava, como se relacionava e tal, um pouco que a Ecléa Bosi trabalha também, ele fala já um pouco do apagamento da memória, a memória é a memória do indivíduo, que vai se apagando ao longo da vida.

curral foto: reynaldo zangrandi

Fomos visitar a irmã de Alagoinha, que agora não morava mais na Santa Ifigênia e vivia com o marido, o antigo zelador num condomínio no Butantã, ela enricou, virou pequeno burguesa, é reacionária que dói, me disse ele subindo no elevador. Mas a diferença ideológica não impedia o beijo e o abraço. O que afligia o Alagoinha, era a Biblioteca.

Eu acho que ela não vai resistir ao tempo, eu acho que ela acaba. O meu sobrinho fala que não, mas eu também noto que ele não tem mais o interesse como tinha antes. Embora isso aqui tenha inspirado ele fazer o curso de biblioteconomia. Tem o Chico mas o Chico também não vai ficar dedicado a uma coisa voluntária a vida inteira, ele tem família, ele tem que trabalhar…

palma fields forever foto: reynaldo zangrandi

Eu comecei o filme pedindo pro Alagoinha ler, na sala de seu apartamento na Glória, um trecho qualquer do Marx. Ele escolheu este

“Não será muito fácil à revolução voltar e encontrar uma tábua rasa tão propícia como desta vez, felizmente, mas é fazendo das fraquezas força e com a mais resoluta determinação que se poderá conseguir qualquer coisa.”

Semana passada fui fazer um trabalho onde o historiador Fernando Novais (que foi professor de Alagoinha) foi entrevistado por outros historiadores: Douglas Libby, Luciano Figueiredo e pela Laura de Mello e Souza. Em algum momento da conversa chegamos no Alagoinha. Ele foi meu colega na USP. Ele tentava me namorar, disse ela, com um sorriso levemente maroto.

Fazia tempo que não conversava com Alagoinha. Resolvi ligar. Em dois minutos já estava rindo. Ele me contou algumas histórias, que ainda não sabia, de suas prisões por vadiagem na São Paulo do final dos anos 50. Por vadiagem entenda-se estar namorando na praça, uma amiga diarista, os dois sem a carteira de trabalho. Outra vez foi por arruaça. Também me contou que tentou ser vice-prefeito de Nova Soure, o município da qual o distrito do Paiaiá faz parte e onde sua chapa obteve apenas 30 votos. O eleito foi um ex-policial. 

geraldo alagoinha o herói do sertão

O Paiaiá perdeu metade dos moradores, de 2016 pra cá. Dos 800, ficaram 400. Em 2016 já dava pra perceber uma certa dose de melancolia e desesperança no lugar. Os jovens se revezavam na porta da biblioteca, um dos poucos locais com internet grátis na cidade. No Paiaiá, Alagoinha é o cara que conseguiu ser alguém na cidade grande. Ele é um paiaiense ilustre. Mas também já não é mais só um cara lá daquele sertão. 

“Pertenço e não pertenço, eu não sou um cidadão paiaiaense, como não sou um cidadão carioca, como não sou um cidadão paulista. Mas aqui pertenço, eu pertenço aqui também.”

Em São Paulo, quando estávamos filmando para o Brasil Migrante, Alagoinha visitou a Marli Rodrigues, uma amiga dos tempos de USP e Ibiúna. Eu gosto muito do trecho que entrou no filme, onde a Marli conta como ela descobriu o “método Geraldo Alagoinha para desapropriar livros” nas melhores lojas do ramo. Mas teve este diálogo, que ficou de fora:

-Uns criticavam o modernismo porque era uma escola burguesa, era, como é que é? Uma teoria burguesa, outros defendiam o modernismo, e por aí à fora, entravam no Reich, entravam no Marcuse, entravam em tudo.

–Metido, pareciam que tinham lido tudo, mas fala a verdade Alagoa, vocês tinham lido? Não tinham, não é?

– Só a orelha do livro.

– Sempre desconfiei.

– Não somente eu, todos!

-Sim, todo mundo, vocês, de uma forma geral…

-A única coisa que eu roubei foi livro, eu queria roubar uma mulher, mas não deixaram.

-Ah Alagoinha, isso aí não deu certo, foi seu sonho romântico.

Mas Alagoinha continua afiado. E romântico. Na Páscoa vem pra São Paulo. Depois vai pro Paiaiá. Tá com 82 anos. Tá namorando uma gauchinha que frequenta o Vila Rica, o bar da esquina da Rua da Glória com Cândido Mendes. O único problema é que ela é espírita, ele me conta. Relax Alagoinha. Só não deixa ela receber a alma penada de uma arenista!  

a verdadeira nuvem cigana foto: reynaldo zangrandi

É isto macacada, domingo tem playlist, fiquem com paz, amor, alegria, lesco-lesco e quem sabe vocês se animam e  resolvem sair por aí pra roubar uns livros…Na corda bamba agradece a uma turma bacanuda que ingressou no blog mais balançante do momento: Andre Khedi, Andrea Fenzl, Carlos Alberto de Mattos, Cristiana Brindeiro, Douglas Moreira, Guga Gordilho, Guto Figueiredo, Marcello Maia, Norma Braga e Raymond Semple!

ps: alagoinha me ligou feliz com o texto. e pediu pra eu consertar uma informação: o livro que ele ganhou da mãe da Ivete Sangalo foi “A Sombra do Arco Íris”, também do Malba Tahan.

LINKS, LINKS E MAIS LINKS!

O episódio de Alagoinha na série Brasil Migrante você pode ver aqui:

https://www.primevideo.com/detail/Brasil-Migrante/0GQL1RCZ8W4AHLYGOUIJ5FZYEH

a entrevista de alagoinha no museu da pessoa: https://acervo.museudapessoa.org/pt/conteudo/pessoa/geraldo-moreira-prado-mestre-alagoinha-16646

o homem que calculava foi publicado pela primeira vez em 1938, está na sua nonagésima edição. meu pai gostava muito, eu gostava muito, embora não entendesse lhufas nem dos problemas e nem das soluções matemáticas. mas gostava do estilo mil e uma noites. acabo de descobrir, mesmo que sem saber muito até hoje como calcular, que uma edição com a capa igualzinha a que tinha em casa tá valendo 3 mil realas! https://www.enjoei.com.br/p/o-homem-que-calculava-malba-tahan-1956-livro-autografado-pelo-autor-47847205?g_campaign=google_shopping&gclid=Cj0KCQjw8e-gBhD0ARIsAJiDsaWXSfoVqUPmIcQXMgKE7jPf9GFgeFO5crZPZUln5JtDe7gXtH6QOggaAhjPEALw_wcB

a rua do jogo do carneiro tem este nome lindo, e tá mais que na hora de voltarmos com esta tradição lusitana de nomes bacanudos e diferentes .

A música do Tom Zé, Correio da Estação do Brás https://www.youtube.com/watch?v=hpbYYll-zLw

O trailer de Rômulo e Remo, também conhecido como Duelo de Titãs, que o Alagoinha via no cine Dom Pedro. O filme foi dirigido por Sergio Corbucci, o “segundo maior” diretor de faroeste espagueti (o primeiro era outro Sergio, o Leone). Tarantino é fã de ambos e tem um doc na netflix sobre Corbucci.

Tá de bobeira perto da Praça da República no centro de São Paulo? Vai na Biblioteca Mário de Andrade.

Aqui você pode saber mais sobre as batalhas da Av.Maria Antônia, onde habitavam uspianos de esquerda e de direita e mackenzianos, quase todos de direita e de extrema direita. No mesmo site, uma matéria sobre Ibiúna:

 http://memorialdaresistenciasp.org.br/batalha-da-maria-antonia-completa-53-anos/

http://memorialdaresistenciasp.org.br/lugares/sitio-de-ibiuna/

Uma matéria na Piauí sobre a biblioteca do Paiaiá:https://piaui.folha.uol.com.br/materia/livros-brotam-no-sertao/

O livro de Ecléa Bosi, Memória e Sociedade, lembranças de velho, é obrigatório, principalmente para quem vive em São Paulo, onde boa parte dos lugares que fizeram parte da vida e das memórias de gerações passadas, já foram demolidos, ou fechados, ou completamente desfigurados.

Eu nunca li nenhum livro da historiadora Laura de Mello e Souza, que tanto encantou o Alagoinha. O último saiu este ano pela Companhia das Letras, O Jardim das Hespérides: Minas e as visões do mundo natural no século XVIII. Eu acho que vou procurar na biblioteca O Diabo e a Terra de Santa Cruz.

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