• na corda bamba 176 : a fuga dos galinhas, as despedidas de uma geração e uma entrevista com renata felinto, uma moça papo muito reto.

    Jards Macalé era um dos músicos do Transa. Era o compositor das melhores canções de Gal Fatal. Que cantou com o Moreira da Silva no Projeto Pixinguinha, que organizou o Banquete do Mendigos e que junto com o Glauber foi abraçar o Golbery porque Golbery era o fiador da abertura lenta e gradual. Que tinha…


  • na corda bamba 160 e as pequenas criaturas cheias de schadenfreude

    Schadenfreude nem sai de cima é uma palavra alemã. Alemão gosta de juntar palavras e formar um conceito. Schaden: dano, prejuízo + Freude: prazer = aquele contentamento, aquela satisfação de sentir prazer diante da desgraça alheia. Quando Beatriz fez 15 anos, ganhou de seu avô, um graduado cartola do Corinthians, uma viagem para Londres, onde…


  • na corda bamba 155: tá pensando que tudo é futebol?

    Semana passada a gripe deu bom dia, boa tarde e boa noite. Resultado: a agenda foi pras picas. A capricorniana que divide a vida comigo não se comoveu: ainda bem que tu tomou vacina, e se a tosse não tá passando, upa neguinho na estrada, upa na diogo de faria pra lá e pra cá.…


  • na corda bamba levando a alma e a boca suja pra passear na rede.

    Quatro horas direto sem paradas no meio do caminho e sem tempo pra respirar. Uma corda sem vergonha, sem revisão, reflexão, controle e tino. 65 faixas supersônicas, abrindo e fechando com Chico Buarque, abrindo e fechando com Cacá Diegues, que conseguiu algo muito raro no nosso cinema: fazer muitos filmes e quem faz muitos filmes…


  • na corda bamba encharcado de muita raiva e tristeza

    Converso com meu amigo Tagore, um amigo sempre apocalíptico, nunca integrado. No telefone ele canta Maria Bethânia, do disco mais melancólico -e dos mais bonitos- de Caetano Veloso: Everybody knows that our cities were built to be destroyed [Todos sabem que nossas cidades foram construídas para serem destruídas]. A conversa segue a barca da perplexidade,…


  • na corda bamba 88 (com a playlist 58) – um ano balançando por aqui e por ali.

    Meu pai me levou algumas vezes pra ver os barcos saindo pelo Guaíba na Procissão dos Navegantes, que acontece em Porto Alegre todo dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá. A Santa saía da Igreja do Rosário e dava um rolê pelo centro da cidade, que agora se chama centro histórico, mas nesta época era…