No início dos anos 2000 a arquiteta e artista LAURA TAVES trocou uma promissora carreira em Londres por uma vida na corda bamba no Rio de Janeiro. Hoje, ela comemora os 20 anos do seu atelier Azulejaria e inaugura AS GRANDES ENTREVISTAS NA CORDA BAMBA!

O que te fez abandonar um estágio com um arquiteto inglês super bamba e voltar para a cidade de São Sebastião crivado do Rio de Janeiro?
Eu fazia estágio no escritório do arquiteto William Alsop. Na porta da frente ficava o estúdio da Vivienne Westwood e muitas vezes eu começava o dia encontrando aquela figura na porta ou no mercadinho embaixo do prédio. Na esquina ficava o pub e o escritório do Norman Foster. Havia uma certa informalidade, uma coisa meio avacalhada. Embora o trabalho fosse sério. Eu estava num esquema meio “fodidos e privilegiados”. Eu tinha um estágio e a possibilidade de empréstimo pra continuar pagando a universidade. Mas alguma coisa me fez voltar. No fundo, o meu desejo estava muito mais ligado à vontade de trabalhar com as pessoas do que com a materialidade da arquitetura. Eu tinha esse sonho, quando eu entrei na faculdade, esse sonho modernista de que a arquitetura pode mudar a vida do homem, que a arquitetura pode transformar as coisas… então acho que essa coisa que me fez voltar e em Londres me sacaneavam, me chamavam de missionária. Sim, eu tinha uma missão, um espírito muito mais de um trabalho coletivo do que num escritório projetando ou decorando casas.

É difícil pensar em uma “informalidade londrina”, do mesmo modo que é praticamente impossível pensar numa “formalidade carioca”.
Quando eu voltei eu tinha que terminar a faculdade de qualquer forma, mesmo sabendo que não era exatamente arquitetura que eu queria fazer. Eu precisava ter pelo menos um diploma. E pra pagar a faculdade trabalhar em loja era mais lucrativo do que estagiar em algum escritório de arquitetura. Eu tinha ótimos professores que estavam atuando na zona portuária, formulando o que viria a ser depois o Porto Maravilha. Um deles, o Augusto Ivan tentou criar o corredor cultural, era uma turma que estava pensando em políticas públicas de preservação e que tinham um interesse histórico na cidade. Não conseguiram muito, mas o que conseguiram foi bem importante.
A arquitetura brasileira tem uma herança direta dos portugueses na utilização de azulejos, tanto nas casas quanto nos prédios públicos. Como é que surgiu o seu desejo de trabalhar com azulejaria?


Um dia eu fui assistir uma palestra de uma artista belga, a Françoise Schein. Havia apenas quatro pessoas na plateia, apesar dela já ser famosa por ter vencido no final dos anos 80, uma concorrência para estação de metrô da Concórdia de Paris, perto do Obelisco. Ela resolveu usar o azulejo porque era o material que já tinha na estação e neles ela escreveu os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela percebeu que havia um nicho para este tipo de trabalho, tanto que depois surgiram encomendas em Lisboa e outras cidades europeias. Aqui no Brasil, a Françoise apresentou um projeto de intervenção artística no Vidigal. E o Jorge Mario Jáuregui, o arquiteto que estava cuidando do Favela-Bairro por lá, topou e surgiu o convite pra eu participar. Eu fiquei encantada com essa possibilidade, de começar um trabalho em comunidades por um viés mais artístico. Enfim, ficamos amigas, ela morou um tempo na minha casa no Rio e quando eu percebi, estava trabalhando em projetos de azulejaria. Fizemos projetos em 8 favelas, em Bangu e também no metrô Siqueira Campos, em Copacabana.


E como este trabalho se consolidou?
Nós conseguimos um espaço de atelier na região portuária, um espaço gratuito no antigo Moinho Fluminense, que ainda estava em funcionamento. Mas o espaço não tinha banheiro, não tinha água, nós puxamos um ponto de água no banheiro do mercado do lado e durante 6 anos aquele espaço abrigou também uma galera que dormia na rua. A gente tinha um forno pra fazer os azulejos e eu trabalhava com um grupo de mulheres, tentando inventar qualquer coisa que gerasse alguma renda. Mas eu sou uma péssima comerciante. De vez em quando surgiam algumas demandas. Um projeto de pousada de luxo, uma casa de alguma celebridade, dava uma graninha e todo mundo se animava. Surgiu um projeto para uma estação de metrô em São Paulo, mas demorou alguns anos pra começar. Eu passava uma parte do tempo gerenciando desafetos, pois trabalhava com mulheres de comunidades diferentes e de formações diferentes. Evangélicas, católicas, da umbanda ou do candomblé. Não era exatamente fácil, nem pra mim, muito menos pra elas. Por outro lado, juntas, nós fomos descobrindo a cidade, tentando criar produtos ligados à cidade, e assim surgiu a série de azulejos Fachadas Cariocas, que fez bastante sucesso na época. Mais tarde a Françoise retornou definitivamente pra Europa e eu segui tocando o projeto.

E o trabalho na Maré, como ele começou?

Em 2005 a minha amiga e fotógrafa Tatiana Altberg me falou pra ir procurar a Eliana Souza que tinha criado a Redes da Maré. Nos entendemos na mesma hora e no dia seguinte eu comecei a fazer oficina na Maré, com uma proposta de trabalhar durante um ano inteiro com duas turmas. Até então eu só tinha a experiência de fazer oficinas pontuais, de uma semana, tive que pesquisar e me preparar para isto. Pra minha sorte, era uma criançada incrível, de uma turma de escola da Nova Holanda. As crianças só falavam do Caveirão porque naquela semana, por duas vezes o Caveirão tinha entrado na Maré. Não havia nenhuma coisa que eu trouxesse, qualquer outro tema que eu sugerisse, eles só falavam do Caveirão, que o Caveirão entrava matando, era um negócio avassalador. Eu pensei, vou parar tudo e vou ouvir essa galera, sou eu que preciso aprender. E aí as crianças começaram a me ensinar e eu comecei a brincar com elas nesse sentido. A gente sentava no chão, fazia uma roda de história, um começava e o outro seguia puxando. E aquela história que estava linda, que era quase um conto de fadas inevitavelmente terminava em “No final o Caveirão veio e matou todo mundo, matou geral, sabe?” Acabou a fé! ” Um dia o Davi, que era filho de uma moça que trabalhava na Redes me olhou e disse que eu ia gostar do final da história. Ele queria ser veterinário, e em sua brincadeira, tinha transformado o Caveirão em uma clínica móvel.

E aí eu achei sensacional, aquilo virou uma febre e todo mundo começou a transformar o Caveirão em alguma coisa. Então o primeiro painel que fizemos na Maré é um painel onde o Caveirão chega e não mata ninguém. É uma observação de um menino que queria ser veterinário, e vale lembrar, a favela é um lugar cheio de bicho pela rua.
E agora, passados quase 20 anos, onde e como estão estas crianças?

O Davi teve um final trágico. A maioria dos moradores da Maré vieram da Paraíba, e o Davi foi para lá, trabalhar com o avô, pra cuidar de cavalos. Para fazer o que ele queria, trabalhar com animais. Mas ele morreu em um acidente de moto… Tem um aluno que eu conheci quando ele tinha 9 anos, o Ranieri, agora ele é assessor da deputada Renata Souza. Tem a Júlia, que foi aluna dos 7 aos 15 e depois foi monitora nas oficinas. E tem muitos pais de alunos que tenho contato sempre. O pai da Júlia foi o cara que colocou todos os azulejos da Redes na parede e hoje ele cuida de um dos centros de arte da Maré. Em 2019 Ranieri, a Júlia e o Bruno, outro aluno, conceituaram um trabalho que foi exposto na França. Juntei os três para tomar um café e expliquei: o trabalho é numa cidade no norte da França, com altas taxas de desemprego. Se vocês fossem levar a Maré para lá, o que que vocês gostariam de contar? Bruno é evangélico, Ranieri é gay e a Júlia é totalmente expansiva. Eles começaram um papo sobre visibilidade, sobre cada um ser de um jeito e acabaram batizando o projeto de Eu Sou o Mundo Inteiro. Criamos quatro perguntas que foram respondidas por familiares e amigos e com as respostas montamos a exposição. As perguntas também foram feitas por outro grupo na França e as respostas enviadas para nós.

Até os anos 80, a maioria das favelas cariocas não eram representadas nos mapas oficiais da cidade. A gente olhava, por exemplo, o bairro de São Conrado, e no lugar da Rocinha aparecia uma enorme área verde. Os moradores sequer tinham cep! Uma situação que começou a ser resolvida no governo Brizola. Vocês fizeram na Redes um projeto com os nomes das ruas da Maré.
Quando eu cheguei na Maré, a Eliana falou: vamos por em prática a ideia das placas com os nomes das ruas. A Eliana já tinha organizado um projeto de mapeamento da Maré. Com o Favela-Bairro, houve a necessidade e a obrigação de se mapear as comunidades. Só que o mapa feito pelo projeto era um, e o que os moradores fizeram era outro, mais completo, muito mais fiel. A Maré é um conjunto de 16 favelas, a Nova Holanda, onde fica a sede da Redes, era um lugar para ser provisório, de gente que saiu da Cidade de Deus pra ser recolocado em um outro lugar que nunca apareceu. Tudo ali foi surgindo provisoriamente, ao mesmo tempo que ficava cada vez mais adensado.

Quem mora na zona sul da cidade, acostumado a ver seu bairro nos mapas e nos guias de rua, sequer imagina que outras localidades da cidade não estejam mapeadas. Uma estrangeira, como a Françoise, percebeu isto de imediato, que não se via a cidade completa de um modo transparente. Nos anos 80 a Eliana também já tinha liderado um movimento com os moradores, onde eles nomearam as ruas da Maré. Que eram apenas numeradas, rua 1, rua 2. Na Vila do João eles optaram por seguir assim, mas na Nova Holanda eles começaram a batizar com nomes relacionados à história deles. O João Caetano era um barbeiro que ajudava todo mundo que chegava, o Marcelo Machado foi um menino que morreu atropelado na Avenida Brasil com 15 anos… O mapeamento coordenado pela Redes, se transformou depois em algo mais prático ainda, que foi o Guia de Ruas da Maré. Com base nas informações do guia é que organizamos a confecção das placas. Que são muito bonitas, elas são um negativo da placa padrão usada aqui na cidade que é azul com a letra branca. A gente fez ela branca com a letra azul. Em 2013, quando abriu o Museu de Arte do Rio, o Paulo Herkenhoff, que era o diretor, esteve na Maré, ficou louco com os azulejos, achou as placas incríveis e acabou comprando algumas para o Museu. Então é interessante que um projeto de educação vira um projeto artístico urbano e acaba fazendo parte de um museu de arte, que acabou sendo apresentado na Bienal de Arquitetura de Veneza. Isto me emociona muito, porque é um processo que a Eliana começou com um mapeamento e um censo , com as ruas sendo rebatizadas e em 2015 quase seiscentas delas já haviam sido reconhecidas oficialmente. E as placas viraram objetos de consumo, entraram na moda. O Ailton Krenak quando foi na Maré em 2019, falou que o que estava sendo feito por lá era um trabalho de demarcação de território!

De certa forma, você acabou conseguindo, mesmo que de uma maneira torta, realizar aquele seu sonho de arquiteta-urbanista, de transformar a vida das pessoas.
O meu ídolo é um cara chamado Carlos Nelson Ferreira dos Santos, esse cara foi um gênio. Ele era professor de arquitetura na UFRJ nos anos 60, 70, uma época em que as favelas do Rio, principalmente as que ficavam na zona sul, eram “incendiadas” e os moradores eram removidos para locais distantes na Baixada Fluminense. Teve um grupo de moradores de Brás de Pina, que procurou a Universidade. Eles queriam transformar a favela em bairro. E encontraram o Carlos Nelson, que acabou transformando todo o trabalho acadêmico dele e a sua prática como arquiteto em função deste processo, que incluiu também a transformação dele em antropólogo, unicamente por causa desta demanda. E o escritório dele se transformou, virou um escritório que trabalhava para moradores de favela, que ao mesmo tempo, trabalhavam no escritório dele!

Depois os azulejos viraram cartões-postais que viraram azulejos novamente…
Outro projeto que eu acho muito interessante, que foi um edital da Prefeitura em 2015 para celebrar os 450 anos do Rio. E aí nós trabalhamos com 45 crianças que fizeram 1500 azulejos contando a história da cidade. Um amigo historiador nos auxiliou, fizemos várias visitas com as crianças em diversas praças da cidade, Praça Mauá, Tiradentes, Cinelândia…As crianças montaram uma espécie de linha do tempo histórica da cidade, que começava no dia primeiro de março, data da fundação. Mas aconteceu que elas receberam a visita de um grupo de indígenas, e depois disto, decidiram abolir o primeiro de março como data inicial e retrocederam no tempo. Estes azulejos viraram cartões postais de verdade e as crianças foram nos correios, que curiosamente fica na Av.Primeiro de Março, onde enviaram cartões para vários lugares do mundo. O trabalho foi arranjar gente nestes lugares, para que eles pudessem escrever e também para que pudessem receber um postal local de volta. Algumas crianças chegavam com 15 páginas de caderno para colocar no postal. Era muito lindo, a gente tinha que escrever na mão deles, em inglês, em francês ou em espanhol. Depois os postais viraram novamente azulejos e a gente quis que eles revestissem uma casa na Maré. Falei com o Carlos, o pai da Júlia, que conhece todo mundo lá e ele achou uma casa, logo no começo da Maré, na frente da pior boca da Nova Holanda, uma casinha pequena onde morava a Dona Severina. Eu cheguei lá, mostrei os cartões postais para ela, que disse eu quero sim, vamos fazer e pediu se a gente podia abrir uma janela e consertar uma infiltração e hoje, o que reveste a casa é o desenho das crianças nos azulejos que viraram cartões postais e que depois viraram novamente azulejos com textos explicando como o Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa mais ou menos se não fosse violência ou o meu bairro é muito chato porque a polícia entra e gosta de matar as pessoas ou o meu único sonho é que as pessoas possam entrar e sair para procurar emprego sempre sem perder a vida. Uma frase que nunca esqueço é de uma criança que dizia, eu gosto de brincar na rua. E isto pode parecer óbvio, mas nessa época tinha o exército ocupando, então brincar na rua tinha sido uma coisa vetada para crianças. Crianças que mal tem um quarto para dormir. Quando lemos a parede-revestimento da casa da Dona Severina, sabemos exatamente o que estava acontecendo no Rio de Janeiro em 2015! E as pessoas, os moradores quando passam por lá se reconhecem naquela casa.

E hoje? O Trabalho da Azulejaria segue na Maré?
Tem a coisa do comprometimento porque a Maré tem um tempo dela. Um tempo onde parece que as coisas não acontecem. Um tempo que não é você que organiza, é o tempo que ela resolve fazer acontecer. E esta maneira de lidar com o tempo me agrada muito. Quando olho em retrospectiva, é que eu consigo dimensionar o que aqueles moradores já fizeram, o que já conquistaram. A Maré continua sendo um lugar difícil, violento, o tráfico, a pobreza, o desemprego. A infraestrutura continua sendo um problema, quando chove tudo que é esgoto sobe. Mas a Maré resiste. Hoje a azulejaria faz parte da identidade da Maré, mas no começo o piso, que é como eles chamam, era algo estranho para todo mundo. Hoje em dia na Maré as pessoas podem ter aula de física, de complemento escolar, de dança, espanhol, inglês e as aulas de azulejaria, que ficaram. É uma coisa que a gente fez resistente, quando não tinha patrocínio, quando teve, quando deixou de ter novamente. A Maré é um lugar de esperança, de solidariedade, onde as pessoas tem uma percepção muito clara e muito forte de que podem mudar seus destinos.
LINKS, LINKS E MAIS LINKS!
Não sei exatamente o que pensar sobre a arquitetura de William Alsop, mas aqui vai um link de 10 obras suas consideradas pelo site archdaily como exuberantes: https://www.archdaily.com/894590/10-exhuberant-will-alsop-works
Sobre a moda da Vivienne Westwood também não sei muito o que pensar, mas no caso dela, basta dizer que ela criou o visual e grande parte da estética punk e foi casada com o mestre dos magos de uma espetacular picaretagem sonora chamado Malcom Mclaren. O site da Vivienne, que já se foi, mas que segue fazendo moda por aí: https://www.viviennewestwood.com/en/
Norman Foster é outro medalhão da arquitetura contemporânea. Ele deve ser legal, mas eu também não sei ainda o que pensar, além do fato de que cópias pioradas de seu trabalho pipocam entre a marginal pinheiros e cidades do mundo árabe. Mas seus trabalhos podem ser conferidos nas páginas da https://normanfosterfoundation.org/
Quem viu viu, quem não viu, perdeu, mas pode ficar sabendo que os Fodidos Privilegiados era um grupo teatral literalmente da pesada, fundado pelo ator não menos da pesada, Antônio Abujamra: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo399355/os-fodidos-privilegiados
Augusto Ivan é um arquiteto e urbanista carioca que escreveu alguns livros sobre a cidade do Rio de Janeiro, e quem o conhece, sabe que apesar de tudo, ele é um otimista. O link que vai aqui é o trailer de Crônica da Demolição, filme que conta a história de um palácio que foi demolido, e que tem o Augusto como um de seus entrevistados.
https://www.youtube.com/watch?v=ABYr_KQftZg
Existe uma curiosa página chamada Patrimônio Belga no Brasil, e nela podemos saber mais sobre a obra de Françoise Schein: http://www.belgianclub.com.br/pt-br/creator/schein-fran%C3%A7oise-1953
Não custa nada lembrar, já que sempre fazem de tudo para que eles sejam esquecidos: a Declaração Universal dos Direitos Humanos: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
E o disco que o seu Jards Macalé organizou em 1973, para celebrar o 25 quinto (não achei o símbolo no teclado do pc) aniversário da declaração, e que a nossa burra ditadura militar censurou. A história deste disco é contada rapidamente aqui: https://www.geledes.org.br/proibidao-o-banquete-dos-mendigos-em-1974/
Até esta conversa com a Laura eu não sabia nada da existência do argentino Jorge Mario Jáuregui que fez vários projetos nas comunidades cariocas: http://www.jauregui.arq.br/
A zona portuária, além do belo prédio do antigo Moinho Fluminense, abriga a Fábrica Bhering, hoje é um ponto de diversas atividades alternativas, bacanudas, descoladas, hypadas, etc, etc. E o melhor de tudo, é que perto dali fica o Bar do Omar, o bar mais antibozozóide do Brasil, um Bar nota 13 espetacular! https://www.instagram.com/bardoomar/
Conheci a Tatiana Altberg há muito tempo atrás, quando montei para ela seu pequeno filme sobre um acampamento de sem terras em são Paulo. Depois me reencontrei com o trabalho dela nas fotos que vi na Redes da Maré:
https://www.colecaoartebra.com/tatiana-altberg
A Eliana Souza é uma gigante. Tive a sorte de poder contar parte da vida dela na série Brasil Migrante, filmado na Maré e em Pedra Branca, no interior da Paraíba, onde ela nasceu. O filme foi exibido na Tv Brasil e atualmente está no Amazon Prime: https://www.primevideo.com/detail/Brasil-Migrante/0GQL1RCZ8W4AHLYGOUIJ5FZYEH/ref=atv_nb_lcl_pt_BR?language=pt_BR&ie=UTF8
e o site da Redes da Maré é: https://www.redesdamare.org.br/
A página Maré de Notícias, que cobre os acontecimentos que não acontecem para os outros jornais, cobriu assim a visita de Krenak e outros bambas: https://mareonline.com.br/conceicao-evaristo-ailton-krenak-anielle-franco-e-nego-bispo-lancam-livro-juntos/
Também não sabia nada sobre Carlos Nelson Ferreira dos Santos, que me parece ter feito um trabalho incrível. O site Vitruvius, que gosto muito, tem este texto sobre ele:
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.204/6560
E claro, não posso terminar sem deixar aqui o link da azulejaria, comandada pela Laura Taves desde 2003: http://www.azulejaria.net/
É isto turma. Acabou o carnaval e ano começa tristemente alagado para muita gente. Meu amigo Allan Sieber pede ajuda para uma grande amiga dele, ceramista que perdeu todo o seu atelier que fica no litoral norte de sp:

Força, axé, paz e amor para todos. Sigam na cordabamba e se puderem, assinem nacordabamba. Domingo tem playlist e outras mandingas mais.
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